quarta-feira, 28 de setembro de 2011

LXXX.

Vai ser impossível sujar meus despudores com sua pureza forçada. O desejo em que eu queimo é tão divino quanto a morte da sua última ilusão.

Tirar a roupa, arranhar a pele, de nada adianta. Nem mordida, nem beijo. Não é assim que se vê mais vida, mas eu insisto.
E um dia te arranco a carne dos ossos pra descobrir que não há mais nada.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

LXXIX.

Finge qualquer coragem de fazer comigo isso tudo. O que destruísse qualquer mistério entre nós.
Tudo que, na sua imaginação, precisa de um rosto que não seja o meu. Tudo que queima, pra além do cabível, pra lá de impuro. Pensa qualquer sujeira até escorrer pro resto das cores.
Quando a coragem acontecer, confia em mim.
Luxúria nenhuma destrói. É a culpa.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

LXXVIII.

Você já me bateu, apertou e puxou pelo braço. Já passou a mão pelo meu corpo até amanhecer, mais de uma vez, mas nunca encostou em mim.
Absolutamente tudo a seu respeito é a seu respeito apenas, contagioso e putrefato.
Apodrecendo estamos todos, mas você eu já li num livro. Você é capaz de coisas horríveis, todo mundo sabe.
Você é capaz de me tirar do sério e devolver a febre em que eu já não ardia.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

LXXVII. You say it, Marv:

No reason at all to play it quiet. No reason to play it any way but my way.
Hey, hey, this is big!
Hey, there isn't no settling down! This is blood for blood and by the galons.
There's no choices left.

She tried to analyze me once, but she got too scared...
A shot and a brew, Shellie, and keep it coming.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

LXXVI.

Anda, vai?
Me segura pelo pescoço e diz o que você vai fazer, só porque quer.

terça-feira, 3 de maio de 2011

LXXV.

Esses pesadelos, todos juntos, um atrás do outro, e eu sou acordada pela minha incrível vontade de morrer, sempre lá, dormindo junto, acordando às vezes, como se não fossem desistir.
As fúrias não vão desistir e me dizem que é mais fácil se eu ceder.
Acordo sem conseguir me desvencilhar do que é mentira, do que é verdade, dos vultos que estou certa de que veria se eles descuidassem. Me coçando e querendo me livrar da minha pele, da minha cabeça, da minha infinita escuridão e dor.
"Mãe, eu tenho certeza absoluta, eu vou fazer isso comigo até ficar louca. Eu vou ficar louca, não vou?"
A única coisa que ela pode dizer é um "Claro que não, amor..." esperançoso.

sexta-feira, 18 de março de 2011

LXXIV.

Anoitece frio e eu tenho vontade de disposições nocivas, casualidade e sangue.
Eu adorava me torturar com falta de propósito e excesso de exposição. Até não conseguir mais outra forma. Parei de adorar, mas não importava.
Agora... quieta demais.
Não dá pra construir e botar fogo ao mesmo tempo... não me conformo.

terça-feira, 15 de março de 2011

LXXIII.

Tudo era sobre você e nada mais é.
Engraçado, não vá discordar, que tenha acabado comigo por cima.