quinta-feira, 23 de julho de 2009

XIII.

Vontade de saber o que eu quero por trás das coisas que eu só quero por não querer nada.
Saudade de fazer, mesmo, alguma coisa.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

XII.

Voltei a ter pesadelos, ando meio agitada. Agitada e calma, pra variar, perturbada e lenta.
Ando sentindo cheiros familiares, de épocas tranqüilas em que eu estava fraca dos nervos.
Acordando com pessoas me olhando e o quarto distorcido, esperando um longo minuto pra acordar de fato e ver tudo voltar ao normal, há três dias.
Abrindo meus olhos antes de tirar todo o sabão do rosto, com uma agonia quase infantil do meu próprio banheiro.
Eu me lembro do sono agitado e era horrível, me lembro dos dias ruins que seguiam todas as minhas noites.
Voltei a ter pesadelos e é familiar de um jeito quase aconchegante.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

XI.

Se eu parar pra observar, posso sentir meus dentes apodrecendo. Sinto a sobrecarga do meu corpo, minha lenta perda de visão e agilidade, a crescente conformação e a rigidez muscular. Minhas juntas parecem estralar mais quando eu me estico, eu me estico menos. Minha pele continua lutando. Ela morre e se renova, mas morre um pouco mais. Pouco, tudo muito lento, acontecendo o tempo todo, com todos nós. tic tac

X.

"Milla Helmine said...
Fuck it, I'll spend two minutes in here.
I came back to say: sympathy means absolutely nothing. Sincerity, less than that.
People care about what they want to. Infatuated people care about things that could make them miserable and I care about beauty. Vulnerability, for heaven's sake. Humanity, thank you very much.
Do I make any sense?"

quarta-feira, 1 de julho de 2009

IX.

Tongue porra nenhuma. Twisted mind, língua tão contida quanto... qualquer coisa bastante contida, mas não demais. Coisa irritante.
Toda essa minha pose é não saber como lidar comigo perto de você, completamente nua, sempre que você quer. Também é por isso que eu me mantenho por perto e também é por isso que eu quero que você me coma até enjoar. Eu finjo que quero perder meus controles, mas não quero. Só quero porque não quero, só é tolerável perdê-los se eles forem arrancados por alguém e eu torceria as coisas pra fingir que não perdi e usaria as estrategiazinhas mais sujas possíveis, comigo mesma. Eu, por algum motivo, quero que alguém se dobre a ponto de conseguir me dobrar, só porque eu quero, até que me dobre contra a minha vontade, violentamente. Talvez só porque eu não faço idéia do que faria aí. Vai ver é por isso que eu queria passar por uma ameaça zumbi, por um campo de batalha, por essas merdas que me arrastariam pra depois do meu limite de planos.
Ai, que cansada eu fico de mim, do tamanho dos meus caprichos, essa pilastra de mim. Dessa pilastra de mim que parece capricho.