segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

LXXXI.

Não importa o quanto eu não queira mais ver você me afetar por estar perto, não quero nem o toque, não quero conversa... mas não importa o quanto eu não queira mais que você me olhe de perto e pense em coisas que não vai dizer, não queira sua boca, e eu não quero essas marcas só suas, não quero seus dentes na carne, não quero seu cheiro.
Não importa o quanto eu não goste da idéia de transparecer, se o encontrasse, mas era certeza! De transparecer, transpirar que se lembro a embriaguez que tinha por certo seu corpo como refúgio e brinquedo; e eu lembro do medo que às vezes não dava pra ignorar. Aquele frio na espinha, a pedra no plexo, de estar vulnerável à sua loucura.
É muita, a sua loucura. Não é boa, não é tão bonita quanto você pensa, não passa perto do que eu quero por perto e não importa.
Ninguém vai, nunca, fazer aquelas coisas todas com o meu corpo, sangue e paladar.
Sua loucura era hospedeira dos meus sentidos, você é minha maior fantasia.