segunda-feira, 12 de julho de 2010

LII. So long and goodbye.

Consigo ouvir:

- De onde você tirou isso?
- Que pergunta estúpida.

Pior do que se negar a responder perguntas indiretas e não responder as diretas também é ouvir um comentário direto sobre a pergunta lancinante, sobre o assunto em que tudo mergulhou, de repente, e insistir que não se consegue entender do que se trata ou por que tão cru.
Não importa que uma interrogação exista pro mundo. Pra você bem menos. Pra eu perguntar, basta que exista pra mim. Se eu desenhar... ajuda?
Só quero que minhas birras com a ordem das coisas e os nãos que me são impostos parem de se personificar na minha frente. Quero que esse tipo de inquietação - é até mais que isso - não se manifeste mais do lado de fora, com braços e pernas próprios, com tatuagem, cicatriz.
Eu fico me apossando de uma briga inexistente e de qualquer esboço de problema porque você é um pacote das minhas birras. Não cabe porque você não é um pacote de birras minhas. Você é uma caixa-preta com história de vida e eu nem simpatizo.
And no mystery.

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